Ele
Eu que nem gostava de xingar comecei a me expressar de forma áspera e com os mais impetuosos pensamentos aquilo que nem de longe eu falaria. Ele me olhou e me disse palavras lindas enquanto eu observava os seus passos. Eu queria acreditar em tudo, queria que fosse tudo verdade só que eu via que não era dessa forma, eu o via afastando-se e o via cada vez mais longe até que sumiu no vagão daquela estrada. Olhei para ele querendo o encontrar e não o vi. Eu estava sozinha, vazia e desesperada com a ânsia de o ver. Eu queria estar com ele corpo a corpo, dia a dia. Eu queria provar o seu beijo e sentir a sua pele, sentir o vento da sua respiração tocar o meu rosto, o toque da sua mão na minha e o meu coração acelerando cada vez mais rápido enquanto eu olhava os seus olhos me olhando.
Ele me puxa mas ele não está mais aqui e eu o vejo aqui, pega em mim, agarra a minha cintura e sussurra ao meu ouvido, nesse momento tento entregar-me ao desejo que sinto por ele mas ao contrário, o vejo pelas sombras e sua boca se aproxima a minha, o seu rosto de frente ao meu, meus pensamentos vão a altura e eu penso que será o momento em que a gente irá se completar. Eu começo a andar ao redor dele enquanto meus olhos fitam o seu, e tudo entre nós está conectado, a gente se reconhece e está a um passo de viver tudo agora. A escuridão do lugar e a luz da lua sobre a janela daquele quarto e o silêncio é a nossa melhor música e os nossos corações estão se comunicando, a nossa mente se compreendendo e o nosso olhar se falando.
As minhas mãos estão segurando as suas, em passos largos dançamos uma valsa enquanto sua mão segura a minha cintura e a orquestra sinfônica nos observa no salão que antes era o quarto e a gente segue dançando. O corpo arrepiado e o coração acelerado. A gente vai se completando e as nossas vidas se cruzando na emoção do momento. Você me olha intrigadamente como se quisesse me dizer o quanto estava apreciando aquela dança, eu te olho serenamente enquanto abro um sorriso para você. Estamos vivemos o nosso momento feliz. Ao virarmos nossa cabeça para o alto vemos que não tem teto e sim a iluminação das estrelas que contemplam a gente enquanto dançamos. A lua está cheia e as estrelas brilham tanto que reflete em nós. Juntos sorrimos.
Aproximando-se do meu ouvido sussurra: "Tu sabes que te amo, minha querida". Eu ouço a sua voz cada vez mais alta e cada vez mais longe, sinto o calor das suas mãos afastando-se das minhas, sinto o calor do seu corpo se afastando do meu, a orquestra parou de tocar e ele foi indo e eu não o vejo, somente o som da sua voz ao meu ouvido "Tu sabes que te amo..." e eu não consigo o ver, viro-me entre todo aquele salão e nada me mostra seus passos. A minha mente só me diz "Cadê ele, cadê ele..." e repito essas palavras mas ninguém me responde. Nenhuma voz veio de encontro a minha para dizer-me onde ele foi, ninguém se compadecia do meu sofrimento. Sento-me no chão vazio daquele salão enquanto uma menina de uns seis anos vem ao meu encontro e entrega em minhas mãos um bilhete que dizia "Tu sabes que te amo, minha querida". Tento fazer com que ela me conte quem a pediu para trazer isso e onde ele está, ao invés disso ela vira-se e se vai.
Olho para o palco onde a orquestra está, bem no canto possui uma caixa preta quadrada e pequena. Aproximo-se e pego esta caixa, abro e vejo um papel escrito de forma impressa algumas palavras, limpando as lágrimas e forçando a vista para entender o que estava escrito, aproximo o papel do meu rosto e leio o que está escrito:
"Bem-vinda ao mundo imaginário de Kian! Você está presa no sonho dele. A regra é clara, para que ele volte é preciso que você dance, enquanto você não voltar a dançar ele não irá aparecer. Você perdeu os passos ao contemplar o céu estrelado. Você precisa terminar a dança e assim estará livre para voltar ao mundo real."
Depois de ler isso, indaguei os integrantes da orquestra para saber se tinham alguma informação sobre quem escreveu aquilo, todos estavam em silêncio, me olhavam como se estivessem ali apenas como minha platéia. Dobrei o papel, coloquei novamente na caixa e deixei lá. Aos poucos fui voltando a dança. Dancei meia hora sozinha até que uma porta se abriu e ele voltou. Esse era o nome dele, Kian. A gente voltou a dançar. "Por que você me ama?"- eu disse. Não havia razão para ele me trazer ao seu sonho, eu não o conhecia na vida real, ao menos não sabia que ele me conhecia. Eu o vira na minha imaginação antes, ao sumir pela aquela estrada e após isso eu dormi e aqui estou.
Ele não me disse por que me amava e nem qualquer palavra. Aos poucos os passos dele foi tornando-se cada vez mais lentos e eu tentava diminuir o ritmo junto para o acompanhar. Eu falei "Espera, não podemos parar, eu não quero que você vá, vamos continuar dançando". Enquanto ele me disse: "Eu quero você na vida real, eu vou viajar para o seu planeta e você saberá que sou eu." Após dizer isso ele parou a dança e se foi. Eu fiquei sozinha novamente naquele salão. Até que amanheceu o dia. Acordei no meu quarto. Levantei e nada havia mudado. Escovei os dentes, tomei um banho, arrumei os meus cabelos e fui para a Universidade. Quando eu estava nos corredores, um rapaz oriental passou, olhou para mim fixamente, eu fui atrás por aquele corredor até que ele saiu dos portões da Universidade e eu o estava seguindo, chegamos ao parque que ficava próximo e finalmente ele parou. Foi quando ele proferiu as palavras "Tu sabes que te amo, minha querida". Pela primeira vez eu respondi: "Sim, eu sei. Eu também te amo". Nos beijamos naquele parque e o sonho foi contemplado em realidade. Assim, os nossos corações se uniram.
Ele me puxa mas ele não está mais aqui e eu o vejo aqui, pega em mim, agarra a minha cintura e sussurra ao meu ouvido, nesse momento tento entregar-me ao desejo que sinto por ele mas ao contrário, o vejo pelas sombras e sua boca se aproxima a minha, o seu rosto de frente ao meu, meus pensamentos vão a altura e eu penso que será o momento em que a gente irá se completar. Eu começo a andar ao redor dele enquanto meus olhos fitam o seu, e tudo entre nós está conectado, a gente se reconhece e está a um passo de viver tudo agora. A escuridão do lugar e a luz da lua sobre a janela daquele quarto e o silêncio é a nossa melhor música e os nossos corações estão se comunicando, a nossa mente se compreendendo e o nosso olhar se falando.
As minhas mãos estão segurando as suas, em passos largos dançamos uma valsa enquanto sua mão segura a minha cintura e a orquestra sinfônica nos observa no salão que antes era o quarto e a gente segue dançando. O corpo arrepiado e o coração acelerado. A gente vai se completando e as nossas vidas se cruzando na emoção do momento. Você me olha intrigadamente como se quisesse me dizer o quanto estava apreciando aquela dança, eu te olho serenamente enquanto abro um sorriso para você. Estamos vivemos o nosso momento feliz. Ao virarmos nossa cabeça para o alto vemos que não tem teto e sim a iluminação das estrelas que contemplam a gente enquanto dançamos. A lua está cheia e as estrelas brilham tanto que reflete em nós. Juntos sorrimos.
Aproximando-se do meu ouvido sussurra: "Tu sabes que te amo, minha querida". Eu ouço a sua voz cada vez mais alta e cada vez mais longe, sinto o calor das suas mãos afastando-se das minhas, sinto o calor do seu corpo se afastando do meu, a orquestra parou de tocar e ele foi indo e eu não o vejo, somente o som da sua voz ao meu ouvido "Tu sabes que te amo..." e eu não consigo o ver, viro-me entre todo aquele salão e nada me mostra seus passos. A minha mente só me diz "Cadê ele, cadê ele..." e repito essas palavras mas ninguém me responde. Nenhuma voz veio de encontro a minha para dizer-me onde ele foi, ninguém se compadecia do meu sofrimento. Sento-me no chão vazio daquele salão enquanto uma menina de uns seis anos vem ao meu encontro e entrega em minhas mãos um bilhete que dizia "Tu sabes que te amo, minha querida". Tento fazer com que ela me conte quem a pediu para trazer isso e onde ele está, ao invés disso ela vira-se e se vai.
Olho para o palco onde a orquestra está, bem no canto possui uma caixa preta quadrada e pequena. Aproximo-se e pego esta caixa, abro e vejo um papel escrito de forma impressa algumas palavras, limpando as lágrimas e forçando a vista para entender o que estava escrito, aproximo o papel do meu rosto e leio o que está escrito:
"Bem-vinda ao mundo imaginário de Kian! Você está presa no sonho dele. A regra é clara, para que ele volte é preciso que você dance, enquanto você não voltar a dançar ele não irá aparecer. Você perdeu os passos ao contemplar o céu estrelado. Você precisa terminar a dança e assim estará livre para voltar ao mundo real."
Depois de ler isso, indaguei os integrantes da orquestra para saber se tinham alguma informação sobre quem escreveu aquilo, todos estavam em silêncio, me olhavam como se estivessem ali apenas como minha platéia. Dobrei o papel, coloquei novamente na caixa e deixei lá. Aos poucos fui voltando a dança. Dancei meia hora sozinha até que uma porta se abriu e ele voltou. Esse era o nome dele, Kian. A gente voltou a dançar. "Por que você me ama?"- eu disse. Não havia razão para ele me trazer ao seu sonho, eu não o conhecia na vida real, ao menos não sabia que ele me conhecia. Eu o vira na minha imaginação antes, ao sumir pela aquela estrada e após isso eu dormi e aqui estou.
Ele não me disse por que me amava e nem qualquer palavra. Aos poucos os passos dele foi tornando-se cada vez mais lentos e eu tentava diminuir o ritmo junto para o acompanhar. Eu falei "Espera, não podemos parar, eu não quero que você vá, vamos continuar dançando". Enquanto ele me disse: "Eu quero você na vida real, eu vou viajar para o seu planeta e você saberá que sou eu." Após dizer isso ele parou a dança e se foi. Eu fiquei sozinha novamente naquele salão. Até que amanheceu o dia. Acordei no meu quarto. Levantei e nada havia mudado. Escovei os dentes, tomei um banho, arrumei os meus cabelos e fui para a Universidade. Quando eu estava nos corredores, um rapaz oriental passou, olhou para mim fixamente, eu fui atrás por aquele corredor até que ele saiu dos portões da Universidade e eu o estava seguindo, chegamos ao parque que ficava próximo e finalmente ele parou. Foi quando ele proferiu as palavras "Tu sabes que te amo, minha querida". Pela primeira vez eu respondi: "Sim, eu sei. Eu também te amo". Nos beijamos naquele parque e o sonho foi contemplado em realidade. Assim, os nossos corações se uniram.
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