O vinho

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Desde quando eu era pequena o vinho era visto por mim como a bebida dos intelectuais e românticos. Em todos os filmes que eu assistia que haviam aquelas cenas românticas naqueles lugares exuberantes e clichês da Europa ou em alguma roda de conversas de intelectuais que exibiam de forma exorbitante e fascinante suas ideias e argumentos, estavam com um copo de vinho em suas mãos. 
Eu lembro que quando mocinha era-me permitido tomar um pequeno gole no ano novo e isso me deixava feliz porque era posto esse líquido em uma taça, geralmente as taças mais bonitas que ficam guardadas no armário, e depois disso eu não tomava mais. O tempo passou e eu quis tomar vinho, eu comecei aos poucos e em vez e quando, depois que tudo já aconteceu, depois do primeiro relacionamento falido, a formatura da Universidade, as pessoas falsas que encontrei ao longo da vida, depois de tudo isso, e eu poderia ter de vez me entregado ao vinho, poderia ter sido despida por uma garrafa de vinho que mudaria por algumas horas o meu raciocínio e me levaria a uma realidade embaraçada e uma visão turva de tudo. Seria revelada ou seria fantasiada em uma pessoa que talvez nem fosse eu. Então eu pensei, se eu estive até aqui sem o vinho eu posso continuar sem. A realidade era essa, eu sem o vinho e o vinho sem mim. Como a negra tem que ser forte com ou sem o vinho, estou aqui pronta para os desafios e sem um vinho para me ludibriar...  Um quê de intelectualidade e um aspecto romântico e clássico é o que lembra uma garrafa de vinho. Talvez algum dia eu prove outra vez e essa será outra incerteza que cabe você leitor me lembrar em qualquer hora ou dia se eu provei desse mel novamente.

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