Entrevista: Guimarães Rosa

Eu deixo essa entrevista aqui do Escritor Guimarães Rosa na Alemanha falando da sua obra "Grande Sertão: Veredas" que foi publicado em 1956, a obra contém mais de 600 páginas e sem capítulos, possui experimentalismo linguístico e tem a regionalidade como tema. 
João Guimarães Rosa nasceu em Codisburgo, Minas Gerais em 27 de junho de 1908, estudava idiomas desde criança, era autodidata, formou-se em Medicina na Universidade de Minas Gerais em 1930, no mesmo ano casou-se com Lígia Cabral Penna, teve duas filhas.
Passou a atuar como Médico no interior de Minas onde teve o primeiro contato com o Sertão, depois passou em um concurso para trabalhar na Força Pública, e em 1934 aprovado no concurso do Itamaraty para a carreira de Diplomata, quando atuava na Alemanha como Cônsul conheceu a sua segunda mulher chamada Aracy Moebius de Carvalho (Ara), voltou ao Brasil onde exerceu outros cargos no Itamaraty, sendo promovido em 1958 a ministro de primeira classe. 
Mesmo como Médico ou Diplomata ele nunca deixou de escrever. E também era apaixonado por aprender idiomas, era fluente em alemão, francês, inglês, espanhol, esperanto e um pouco de russo. Lia em Sueco, holândes, latim e grego. Estudou também a gramática das seguintes línguas: húngaro, árabe, sânscrito, lituano, polonês, tupi, hebraico, japonês, tcheco, finlandês e dinamarquês. 
A estreia de Guimarães Rosa no mundo literário foi quando venceu um concurso literário da revista O Cruzeiro em 1929 e publicaram os seus contos, o seu primeiro livro foi uma coletânea de contos chamado "Sagarana" em 1946 e chamou a atenção pela riqueza técnica e simbológica. 
No ano de 1952 ele percorreu cerca de 240 quilômetros conduzindo uma boiada no sertão mineiro, nessa viagem ele foi anotando expressões, histórias, casos, tudo o que pudesse lhe servir para escrever o seu livro, seu objetivo era recriar o sertão através de seus personagens. Ele conseguiu e o livro Grande Sertão: Veredas, seu único romance foi publicado em 1956. Um dos principais livros da literatura brasileira de todos os tempos.
Em 1961 recebeu o prêmio Machado de Assis, em 1963 sua candidatura a Academia Brasileira de Letras sendo eleito por unanimidade, porém, ele dizia que temia morrer no dia da posse e por isso adiou e foi empossado no dia 16 de novembro de 1967 e morreu três dias depois de morte súbita, um infarto no seu apartamento no Rio de Janeiro.


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